terça-feira, 7 de agosto de 2018

O MANTO INSOLÚVEL

MILHARES DE PESQUISAS ALIMENTAM A GUERRA DA AUTENTICIDADE DO SUDÁRIO



Na noite de 28 de junho de 1828 o italiano Secondo Pia tornou-se a primeira pessoa a fotografar o Sudário de Turim - um pano de linho que, segundo a tradição, teria envolvido Jesus após a sua morte e registrado a sua imagem. Quando revelou o filme, Pia tomou um susto, o negativo mostrava, com grande perfeição, um homem alto de cabelos compridos, barba espeça e face serena. A foto sugeria que o próprio Sudário fosse na verdade uma especie de imagem em negativo daquela imponente figura. A chapa transformou Pia numa celebridade e levantou imediatamente duas perguntas: seria a relíquia realmente a mortalha de Jesus? E se fosse, como se produziu a imagem? a busca de respostas fez do Sudário o objeto mais estudado da História e resultou num paradoxo.

Os cientistas se dividem em dois grupos: os que concluíra se tratar de uma peça do século I e os que defenderam ser uma falsificação medieval. Curiosamente, ambos os lados dizem que não faz mais sentido falar em polêmica: acreditam ter demostrado suas respectivas posições de maneira definitiva, ou quase. Essas convicções porém,soam estranhas por que,após um século de análises, não há consenso nem em questões básicas, como a composição da imagem. O debate sobre a Síndone, (outro nome pelo o qual o Sudário é chamado ) é um fascinante labirinto, que combina política, pesquisa, competição e até a busca de comprovação científica. de um milagre. 

ALGUNS PONTOS DA DISCÓRDIA.

CÉTICOS:

IDADE- Teste de carbona 14 feito em 1988 por três diferentes laboratórios concedeu ao Sudário menos de 700 anos de idade. O próprio Vaticano reconheceu a validade do teste.

FONTES BÍBLICAS: 

O Evangelho de João diz que Jesus foi coberto com diferentes panos. Também diz que o corpo foi untado com óleos, com aloé e mirra, que segundo os céticos, não foram encontrados na peça.

A FIGURA:

A silhueta seria alongada de mais,a imagem não distorções que o contato do corpo causaria no pano, a posição do cabelo ao que seria feito por alguém, em pé, não deitado.

O SANGUE:

Walter McCrone, um dos mais famosos microscopistas do mundo, disse não ter encontrado qualquer vestígio de sangue. seriam tintas de corantes chamados vermelhões e ocre vermelho.

A IMAGEM:

McCrone  diz que a imagem é formada por bilhões de minúsculas partículas de pigmentos e ocre vermelhão. Ele apostava que a imagem tinha sido pintada sobre um alto relevo.

SUDARISTAS:

Os defensores diz que as amostras teriam sido contaminadas. O corte de amostras em áreas muito manuseadas e a ação de microorganismos sobre as fibras são apontadas são apontadas como possíveis causas da distorção do resultado.

Os Sudaristas chamam o Sudário de quinto Evangelho, tamanha a semelhança com os relatos bíblicos. A lançada no flanco, a coroa de espinhos, e até, dizem, a mirra, o aloé, teriam deixado traços na imagem.

Desde o início do século, anatomistas famosos estudaram o Sudário e não encontraram falhas. Afirma que o conhecimento anatômico necessário para pintar uma imagem tão exata não estava disponível na idade média.

Alan Adler e John Heller, renomados químicos americanos, realizaram mais de mil experimentos e disseram ter encontrado hemoglobina, uma das substancias do sangue. Detectaram corantes em proporção muito pequena.

Adler e Heller, dizem que a imagem é formada por um ligeiro escurecimento de alguns pedaços das próprias fibras do tecido, causada pela desidratação da celulose.

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